OPINIÃO
SAPO DE FORA NÃO QUER PULAR MURO DAS BOAS INTENÇÕES
Isabel Cristina dos Santos
SAPO DE FORA NÃO QUER PULAR MURO DAS BOAS INTENÇÕES
Isabel Cristina dos Santos
Professora de Português e coordenadora do GDP da Escola Estadual "Dr. Antônio Batista do Nascimento"
De acordo com a História de nossa cidade, o seu fundador – Salvador Lourenço construiu dois muros paralelos que constituíam um corredor de sua casa à igreja, também construída por ele em homenagem a Nossa Senhora da Piedade; por esse corredor ia fazer suas orações junto com a família. No ato do ilustre desbravador que aqui chegou em primeiro lugar havia duas boas intenções, que ficaram longe de ser lamentar-se junto aos muros!
A primeira das intenções, acredita-se (e acredito!), era proteger suas filhas de olhares de cobiça. Ele não teve bom êxito – fato que hoje e contado por muitos com ironia e deboche que conhecem a historia infeliz de um pai que gostaria que o futuro das filhas fosse diferente. E, a partir daí muitos episódios misteriosos e inexplicáveis desse gênero passaram a ser considerados normais e corriqueiros com grau de seriedade cada vez maior.
A outra intenção do nosso primordial conterrâneo era fazer do corredor um elo de ligação entre dois pontos da cidade cujos extremos lhe traziam felicidade: o aconchego de seu lar na parte baixa da cidade e um ponto mais alto onde fazia suas orações e, que aos poucos, passou a ser o lugar dos encontros dos moradores.
Os objetivos do ilustre morador foi desmoronado, portanto, por fatos infelizes: o cuidado com as filhas escapou-lhe pelo infortúnio e a falta de informação de alguns da importância da bela construção derrubou os muros sem deixar remorsos.
Hoje o reflexo de tudo isso está estampado em nossa nova cidade: a educação de muitos filhos infelizmente continua a escapar pelas mãos de muitos pais, e a ligação tão harmônica entre partes da cidade não existe mais. Algumas famílias que aqui nasceram são muito conhecidas e valorizadas, outras razoavelmente conhecidas e valorizadas, outras pouco conhecidas e valorizadas. E ainda, outras nem conhecidas. Eu sou uma “Santos” tanto quanto muitos “Silvas” desconhecidos; sou um sapo de fora, mas que vim para cá e me orgulho de se piedadense – conhecida ou não.
Minha utopia é construir um grande muro que cerque toda a cidade, proteja-a de todas as influências externas negativas, desde os meios de comunicação até as pessoas e coisas que aqui entrem para mudar os valores e personalidade daqueles que aqui vivem.
Fui um sapo de fora, considero-me, hoje, uma piedadense. A minha entrada com minha família foi benéfica ou maléfica? Avaliem... Sei que convivo com pessoas de famílias diferentes e não consigo distinguir quem é melhor que quem. Mas é esta a pergunta que devemos fazer: aquilo ou aqueles que aqui chegam é benéfico ou maléfico para nossa cidade? Se não conseguirmos avaliar, é melhor fazer esse grande muro, valorizarmos o cidadão piedadense e cuidar de cada um como assim intencionou salvador Lourenço com sua pequena família (hoje a família só aumentou!). E eu, mesmo tendo sido um sapo de fora quero aqui permanecer, e não, pular o muro das boas intenções!
De acordo com a História de nossa cidade, o seu fundador – Salvador Lourenço construiu dois muros paralelos que constituíam um corredor de sua casa à igreja, também construída por ele em homenagem a Nossa Senhora da Piedade; por esse corredor ia fazer suas orações junto com a família. No ato do ilustre desbravador que aqui chegou em primeiro lugar havia duas boas intenções, que ficaram longe de ser lamentar-se junto aos muros!
A primeira das intenções, acredita-se (e acredito!), era proteger suas filhas de olhares de cobiça. Ele não teve bom êxito – fato que hoje e contado por muitos com ironia e deboche que conhecem a historia infeliz de um pai que gostaria que o futuro das filhas fosse diferente. E, a partir daí muitos episódios misteriosos e inexplicáveis desse gênero passaram a ser considerados normais e corriqueiros com grau de seriedade cada vez maior.
A outra intenção do nosso primordial conterrâneo era fazer do corredor um elo de ligação entre dois pontos da cidade cujos extremos lhe traziam felicidade: o aconchego de seu lar na parte baixa da cidade e um ponto mais alto onde fazia suas orações e, que aos poucos, passou a ser o lugar dos encontros dos moradores.
Os objetivos do ilustre morador foi desmoronado, portanto, por fatos infelizes: o cuidado com as filhas escapou-lhe pelo infortúnio e a falta de informação de alguns da importância da bela construção derrubou os muros sem deixar remorsos.
Hoje o reflexo de tudo isso está estampado em nossa nova cidade: a educação de muitos filhos infelizmente continua a escapar pelas mãos de muitos pais, e a ligação tão harmônica entre partes da cidade não existe mais. Algumas famílias que aqui nasceram são muito conhecidas e valorizadas, outras razoavelmente conhecidas e valorizadas, outras pouco conhecidas e valorizadas. E ainda, outras nem conhecidas. Eu sou uma “Santos” tanto quanto muitos “Silvas” desconhecidos; sou um sapo de fora, mas que vim para cá e me orgulho de se piedadense – conhecida ou não.
Minha utopia é construir um grande muro que cerque toda a cidade, proteja-a de todas as influências externas negativas, desde os meios de comunicação até as pessoas e coisas que aqui entrem para mudar os valores e personalidade daqueles que aqui vivem.
Fui um sapo de fora, considero-me, hoje, uma piedadense. A minha entrada com minha família foi benéfica ou maléfica? Avaliem... Sei que convivo com pessoas de famílias diferentes e não consigo distinguir quem é melhor que quem. Mas é esta a pergunta que devemos fazer: aquilo ou aqueles que aqui chegam é benéfico ou maléfico para nossa cidade? Se não conseguirmos avaliar, é melhor fazer esse grande muro, valorizarmos o cidadão piedadense e cuidar de cada um como assim intencionou salvador Lourenço com sua pequena família (hoje a família só aumentou!). E eu, mesmo tendo sido um sapo de fora quero aqui permanecer, e não, pular o muro das boas intenções!